Podemos perceber o seguinte processo na formação dos sonhos:
1) no processo de perda do controle dos pensamentos - mas antes que os sonhos se formem - ocorre também uma perda do referencial físico da mente, ou seja, a referência corpórea/corporal começa a se esvaecer, dando origem a uma característica singular: a mente parece adquirir uma enorme "plasticidade" ou flexibilidade. Parece-me que esse passo é condição para que a realidade onírica se imponha como "a única realidade". Ou seja, a perda do referencia corporal e a plasticidade mental estão relacionadas;
2) quando esse processo adquire culminância, inicia-se uma fase de formação de imagens dotadas de grande realismo: é o início do sonho. Aqui, creio que uma matriz energética incessante - que fornece impulsos nervosos ou energéticos para a mente em caráter contínuo, incessante e incansável - tem seus impulsos "interpretados" pela mente (já fora do controle racional - "inconsciente") configurando-os sob a forma de imagens e sensações completas. É como se a mente, "viciada" em excitações sensoriais/mentais (externas) e em face daquele fluxo (interno) incessante, adotasse o caminho "mais fácil", reinterpretando aqueles impulsos da "forma habitual", ou seja, por meio das imagens/sensações semelhantes àquelas da vigília: iniciou-se o sonho.
3) porém, não há ainda um "ego onírico" formado. Por um momento, é como se estivéssemos assistindo a um filme, onde não nos identificamos com nada. São apenas imagens (pessoas etc.) se movimentando, num enredo em que estamos ausentes. O ego onírco aparece quando tais imagens se estabilizam e começamos a interagir com elas.
Diante disso, surge a dúvida: Como compatibilizar a concentração da meditação (Shamata) com o processo de surgimento dos sonhos ? Ou seja, de que modo a concentração e a manutenção do observador diante das turbulências mentais são possíveis de serem mantidas diante da "necessidade aparente" de perda de conciência, condição (?) para que a mente perca seus referenciais corpóreos e o sonho se inicie ?
1) no processo de perda do controle dos pensamentos - mas antes que os sonhos se formem - ocorre também uma perda do referencial físico da mente, ou seja, a referência corpórea/corporal começa a se esvaecer, dando origem a uma característica singular: a mente parece adquirir uma enorme "plasticidade" ou flexibilidade. Parece-me que esse passo é condição para que a realidade onírica se imponha como "a única realidade". Ou seja, a perda do referencia corporal e a plasticidade mental estão relacionadas;
2) quando esse processo adquire culminância, inicia-se uma fase de formação de imagens dotadas de grande realismo: é o início do sonho. Aqui, creio que uma matriz energética incessante - que fornece impulsos nervosos ou energéticos para a mente em caráter contínuo, incessante e incansável - tem seus impulsos "interpretados" pela mente (já fora do controle racional - "inconsciente") configurando-os sob a forma de imagens e sensações completas. É como se a mente, "viciada" em excitações sensoriais/mentais (externas) e em face daquele fluxo (interno) incessante, adotasse o caminho "mais fácil", reinterpretando aqueles impulsos da "forma habitual", ou seja, por meio das imagens/sensações semelhantes àquelas da vigília: iniciou-se o sonho.
3) porém, não há ainda um "ego onírico" formado. Por um momento, é como se estivéssemos assistindo a um filme, onde não nos identificamos com nada. São apenas imagens (pessoas etc.) se movimentando, num enredo em que estamos ausentes. O ego onírco aparece quando tais imagens se estabilizam e começamos a interagir com elas.
Diante disso, surge a dúvida: Como compatibilizar a concentração da meditação (Shamata) com o processo de surgimento dos sonhos ? Ou seja, de que modo a concentração e a manutenção do observador diante das turbulências mentais são possíveis de serem mantidas diante da "necessidade aparente" de perda de conciência, condição (?) para que a mente perca seus referenciais corpóreos e o sonho se inicie ?
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