segunda-feira, 26 de abril de 2010

Compreendamos os fatos básicos




"Quase todos os visitantes de fora vêm ao Maharaj depois de ter lido seu livro Eu Sou Aquilo. Eles dizem que na sua leitura sentiram um desejo compulsivo de encontrar Maharaj pessoalmente. Poucos deles dizem também que têm estado interessados na busca espiritual por muitos anos.

Consideremos o caso de um visitante estrangeiro comum. Sua primeira visita quase invariavelmente levanta uma certa quantidade de dúvidas em sua mente, tal como se agiu corretamente em gastar tanto dinheiro e seu tão duramente merecido descanso anual de férias vindo aqui. Os arredores sujos da casa de Maharaj, a simplicidade de sua minúscula sala, sua aparência física sem graça e sua roupa simples – tudo isto contribui para a dúvida inicial. Claro, depois de assistir a duas sessões e, certamente, no momento de ir embora, o visitante estrangeiro já estará pensando em sua próxima visita!

Há também um outro fator que, inicialmente, inquieta o visitante estrangeiro. O comportamento de Maharaj não é diferente daquele de qualquer outro homem comum na rua. E isto vai contra seu conceito de como um sábio, ou Jnani, deveria comportar-se, embora seu próprio conceito possa ser muito vago. Ele encontra as paredes da pequena sala de Maharaj cheias de imagens de numerosos deuses e santos. Ele o vê participando do canto dos Bhajans quatro vezes ao dia. Ele o encontra fumando cigarros baratos, produzidos artesanalmente na região, todo o tempo e, algumas vezes, falando sobre assuntos triviais em sua maneira despreocupada, e acha tudo isto muito desconcertante. Sua noção preconcebida sobre Maharaj era talvez aquela de uma figura patriarcal vestida com roupas de cor amarelo alaranjado, conversando seriamente de um assento elevado a alguma distância dos visitantes e, ocasionalmente, produzindo um milagre ou dois de maneira condescendente. Em vez disto, ele encontra um homem totalmente comum!

Não é, portanto, surpreendente que antes do fim da própria primeira sessão, nosso visitante não pudesse resistir à tentação de perguntar por que Maharaj, a despeito de ser um Jnani, canta Bhajans quatro vezes ao dia. Ou, talvez, a questão pudesse ser: Por que Maharaj acha necessário fumar? A resposta usual de Maharaj em tais casos é simples: Por que não? Estou associado com este corpo por oitenta e tantos anos; por que não deveria receber as poucas migalhas às quais está acostumado? Quanto aos Bhajans quatro vezes ao dia, é uma prática dos tempos de meu Guru. Se, desde então, tive o que se chama usualmente de ‘despertar’, deveria sentir-me obrigado a desistir desta velha e inofensiva rotina? Devemos ocupar o tempo que nos tenha sido designado. Importa o que alguém faz, desde que não cause dano a um outro? É tão simples.

Maharaj continua com este tema mais ou menos como abaixo: Se alguém vê – apercebe-se – as coisas com elas são, se alguém apreende a total manifestação com toda mente e não com a mente dividida de um indivíduo, não está muito longe do grande despertar, e então o que quer que faça não tem importância. De fato, pensar que um ser individual possa atuar independentemente é em si mesmo um engano. O que somos é a presença consciente, e não o invólucro externo da consciência; não o corpo, o qual é apenas um aparato psicossomático utilizado para a cognição da manifestação. Este aparato é apenas um conceito espaço-temporal e, como tal, não tem existência independente e, portanto, não pode atuar independentemente, apesar de todas as aparências do contrário. Compreendamos este fato básico.

O que, então, é a vida? A vida neste universo é nada senão o ‘funcionamento da manifestação’, apesar do que cada indivíduo possa pensar. Vistas nesta perspectiva, as várias manifestações destrutivas como inundações e terremotos perdem sua veemência. Cada corpo é nada exceto alimento para um outro – o rato para o gato, o homem ou o animal para o leão, o cordeiro ou a galinha para o homem e assim por diante. De modo que o que é bom para um é mau para o outro; de fato, tudo que parece acontecer constitui apenas o funcionamento da manifestação. Para cada indivíduo, tudo parece ser seu próprio fazer e experimentar, mas o fato fundamental é que nenhum objeto fenomênico (e isto é tudo o que um ser sensível, relativamente, é) pode ter qualquer existência independente própria. Uma vez que isto seja claramente apreendido, automaticamente se seguirá que todas as responsabilidades e culpas são também conceitos imaginários, baseados na noção errada de que um ser sensível tem existência independente, autonomia e escolha de ação.

Então, o que dizer a respeito de todos os eminentes expoentes nas várias esferas da atividade humana – artes, ciências, esportes –, os maiores pensadores? Devemos admirar o trabalho feito pela consciência ‘através’ destas várias formas físicas, mas não as pessoas particulares que são nada mais que fenômenos conceptuais. Permita-nos entender e ser claro sobre o que realmente acontece. A pergunta que se segue seria: Se as pessoas particulares não alcançaram tudo o que tenha sido obtido, quem o fez? A resposta seria: Ninguém individualmente. O ‘funcionamento’ da manifestação acontece na consciência através de Prajna, o refulgente ator/produtor deste total espetáculo de sonhos, que assume todos os papéis no grande drama onírico que esta manifestação é. E a origem desta presença consciente é o númeno. Os seres sensíveis parecem agir e reagir, mas as ações reais acontecem na consciência.

Admiremos, diz Maharaj, o azul-celeste do céu, a bela lua e o cintilar das estrelas; escrevamos poemas sobre as belezas da natureza; amemos os muitos Avatares que desceram à terra em todas as épocas, cantemos Bhajans quatro vezes ao dia, mas, ao menos, entendamos a condição verdadeira! Eu, o númeno, sou todo o ‘funcionamento’ na consciência!

Finalmente, podemos perguntar-nos: O que fazemos então todo dia? Não estamos vivendo nossas vidas, nós, as milhões de pessoas no mundo? Se pudéssemos pensar profunda e racionalmente sobre o que conhecemos como vida, iríamos facilmente concluir que tudo o que nós fazemos, durante todo o dia, e dia após dia, não é nada senão objetivação. De fato, a manifestação é em si mesma nada mais que contínua objetivação, porque, quando no sono profundo, a consciência descansa, necessariamente cessa a objetivação; e assim acontece com o universo objetivado. No sono profundo, não existe a pessoa, nem o mundo, nem Deus.

O que concebemos por ‘fazer’ nada mais é que objetivação; o funcionamento da manifestação acontece desde que haja consciência. Mas identificar-se desnecessariamente com o executor atrai responsabilidade e culpa. Quando a mente, que é o conteúdo da consciência, está vazia – quando ‘jejua’ ou descansa –, cessa seu fiar e tramar, e ela se acalma. Quando a mente cessa de ‘fazer’, ela simplesmente é. Na ausência de objetivação, nossa presença absoluta é, o universo manifesto não é – nós somos. Ou melhor, ‘Eu sou’.

Compreendamos estes fatos básicos. "



De: "Sinais do Absoluto"



Fonte: Blog da Editora Advaita

sábado, 24 de abril de 2010

Reconheça o falso como falso

Sri Nisargadatta Maharaj


"Um grupo de três pessoas estava visitado Maharaj pela primeira vez. Embora padecendo na cama e extremamente fraco, Maharaj lhes perguntou se havia alguma pergunta a fazer. Eles conversaram entre si e decidiram fazer apenas uma pergunta: “Maharaj, todos nós fizemos certa Sadhana por algum tempo, mas o progresso não parece o adequado. O que devemos fazer?” Maharaj disse que o propósito de qualquer esforço é obter algo, algum benefício que não se possui. O que é isto que tentam atingir? A resposta foi rápida e positiva: Nós queremos ser como você – iluminados.

Maharaj riu e se empertigou na cama. Quando estava mais confortável com dois travesseiros para apoiar suas costas, ele continuou: É nisto que a idéia errada está enraizada; em pensar que vocês são entidades que devem alcançar algo para que possam se tornar como a entidade que vocês pensam que eu sou! Este é o pensamento que constitui a ‘escravidão’, a identificação com uma entidade – e nada, absolutamente nada, exceto a desidentificação causará a ‘liberação’.
Como eu disse, vocês vêem a si mesmos e a mim como entidades, entidades separadas; eu vejo vocês exatamente como me vejo. Vocês são o que Eu sou, mas vocês se identificaram com o que pensam ser – um objeto – e buscam a liberação para este objeto. Não é uma enorme piada? Poderia algum objeto ter existência independente e vontade de agir? Poderia um objeto estar escravizado? E liberado?

O interlocutor juntou suas mãos em Namaskar e, muito respeitosamente, sugeriu que o que Maharaj tinha dito não poderia talvez ser questionado como um ideal teórico, mas que, certamente, disse ele, ainda que as pessoas possam ser entidades fictícias, nada mais que meras aparições na consciência, como viveríamos no mundo a menos que aceitássemos as diferentes entidades como suficientemente ‘reais’ na vida?

Esta discussão pareceu animar extraordinariamente o Maharaj, e a debilidade em sua voz desapareceu gradualmente. Ele disse: Você vê quão sutil é este assunto? Você respondeu sua própria pergunta, mas a resposta lhe escapou. O que você disse é que você sabe que a entidade como tal é totalmente fictícia e não tem autonomia própria; é apenas um conceito. Mas a entidade fictícia deve viver sua vida normal. Onde está o problema? É muito difícil viver uma vida normal, sabendo que a vida em si é um conceito? Você compreendeu? Uma vez que tenha visto o falso como falso, uma vez que tenha visto a natureza dual do que chama ‘vida’ – que na realidade é o viver – o restante será simples; tão simples como um ator desempenhando seu papel com entusiasmo, sabendo que é apenas um papel que ele está desempenhando em uma peça ou num filme, e nada mais.

Reconhecer este fato com convicção, apercebendo-se desta posição, é toda a verdade. O restante é mera atuação."



(do livro, "Sinais do Absoluto")

Fonte: Blog da Editora Advaita

sábado, 17 de abril de 2010

Observações Sobre as Tendências Religiosas




Por: Gary Snyder



É bom lembrar que todas as religiões contêm noventa por cento de fraude e são responsáveis por numerosos males sociais. Mesmo assim, dentro da geração beat verifica-se a existência de três tendências:

1. Busca da visão e da iluminação. Esse resultado é obtido geralmente pelo uso sistemático de drogas. A marijuana é um recurso de consumo diário e o peiote é o verdadeiro estimulante da percepção. Tanto um como o outro são complementados às vezes por práticas iogues, álcool ou similares. Embora uma boa parte de auto-consciência possa ser obtida pelo uso inteligente das drogas, o hábito de "drogar-se" não conduz a nada porque falta exatamente inteligência, vontade e compreensão. Uma sensação puramente pessoal, obtida às custas de um tóxico, não beneficia ninguém.

2. Amor, respeito à vida, abandono, Whitman, pacifismo, anarquismo, etc. Todas essas tendências são provenientes de inúmeras tradições, entre as quais a religião Quakers, o Budismo Shinshu, o Sufismo, etc. Todas são frutos de um coração generoso e apaixonado. Em suas manifestações mais dignas, essas tendências levaram algumas pessoas a condenarem ativamente as guerras, fundar comunidades e amarem-se umas às outras. Em parte, elas também são responsáveis pela mística dos "anjos", a glorificação das viagens a pé e das caronas, bem como por uma forma de entusiasmo inconsciente. Se respeitam a vida, não respeitam a sabedoria da impassibilidade e a morte. E essa é uma de suas falhas.

3. Disciplina, estética e tradição. Essas tendências são bem anteriores ao surgimento oficial da geração beat. Diferenciam-se da doutrina "Tudo é um" na medida em que seus praticantes estabeleceram uma religião tradicional, tentaram incorporar o sentimento de sua arte e de sua história, e praticam qualquer ascese que for necessária. Uma pessoa pode tornar-se um dançarino aimu ou um xamã yurok, ou até mesmo um monge trapista, se ela realmente o deseja. O que falta nesse tópico, é o que os dois primeiros possuem, ou seja, uma existência perfeitamente adaptada à realidade do mundo e percepções realmente verdadeiras do inconsciente.

A conclusão prosaica é a seguinte: se uma pessoa não for capaz de compreender todos esses aspectos - contemplação (que não seja pelo uso de drogas), moralidade (que para mim significa protesto social) e sabedoria - ela não estará à altura de levar uma autêntica vida beat. Mesmo assim, poderá ir bastante longe nessa direção, o que é preferível que ficar rodando pelas salas de aula ou escrever tratados sobre o budismo e a felicidade das massas, como os caretas fazem com tanto sucesso.





extraído de: Protopia - Texto do Gary Snyder



Fonte: Blog Epifenomenologia


quarta-feira, 14 de abril de 2010

Mooji: reconheça sua natureza


“Este ‘eu’ pessoal, o “me”, é como um dedo quebrado: em qualquer lugar que for, ele causará problemas; tudo que ele toca, dói. Este quem está identificado com este ‘eu’ pensa que qualquer coisa que aconteça em sua vida é causado pelo meio que o cerca, incluindo as pessoas ao redor. Ele dirá: ‘Os outros me causaram dor’, ‘minha circunstância de vida são responsáveis’. É interminável. Outros poucos vêem isso como uma oportunidade, ou se interessam por encontrar a fonte de todos os problemas, de todo o seu sofrimento.

‘Eu’ é a causa dos seus problemas. Justamente por você ter feito um ninho dentro do sentimento pessoal do ‘eu’ que você está apegado é por que você está sofrendo. Não conserte sua vida. Encontre este ‘eu’ e veja o que acontece.

(...)

Por que você diz ‘eu quero ser livre?’ Eu compreendo esta contenda e este sentimento que profundamente o tocou. Então, vamos averiguar e ver se nós podemos determinar qual é realmente o problema. O que nós iremos remover é a convicção de que tudo não está bem. E quando nós vamos verificar para descobrir o por quê, nós iremos compreender que você está identificado com a morte. Você está se identificando com algo que não dura, que não tem longevidade. Você se apaixonou pelo tempo. Você se apaixonou pelos objetos, pelas ideias que estão em transição. É assim que todo o problema começa. E como a confusão entra no Ser.”

(...)

“Quem está por detrás de toda manifestação? Olhe, e você descobrirá que tudo acontece por si mesmo! Quando você vê isso, então sua consciência se torna desocupada. Até então, o seu Ser está ocupado com um sentimento de ‘Fazedor’ (realizador), ‘eu preciso fazer alguma coisa, eu preciso entender’.

Esforço é requisitado para tornar-se, mas que esforço é requisitado a ser? Então, deixe tudo como deve ser deixado; testemunhe a Existência espontânea. Isto não é caótico. Seja o que acontecer, aconteça, e isso faz muito bem. O suposto patrão – a mente – está causando um monte de problemas. E não, nós não somente demitimos o patrão, como também desistimos da firma!

Veja se o Universo não pára.

Muitos de vocês não estão aproveitando o creme da vida, porque vocês têm comprado a versão da mente de como as coisas deveriam ser. A idéia cortou seu vínculo com a Fonte do seu Eu Real, e não mais flui. O resultado é desarmonia e sofrimento. Você é o Eu Real, o Absoluto, expressando-se espontaneamente, mas você não sabe disso. Você não precisa nem acreditar nisso! Você pensa: ‘O que irá acontecer se eu desistir do controle? Meu mundo desabará a meus pés!’

(...)

Quem você realmente é não é previsível. A mente é previsível na tentativa de controlar o que é espontâneo. Ao ter medo do novo, a mente simultaneamente surge do Desconhecido, provendo espaço para mente agir como o desconhecido e o conhecido aparente. Este jogo não é da sua conta.

Não se preocupe com nada. Seja como uma criança no colo de Deus. Nem policie seus pensamentos, nem faça parte do departamento de imigração dos sentimentos-vistos que são requeridos. Você pode relaxar. Sim. Relaxe.”

(...)

“Permaneça como o Eu Real! (...) Está sendo cansativo porque você está tentando firmemente com sua mente. (...) Primeiro, a maior das pessoas pensam que observar a mente significa sempre prestar atenção a diversas atividades aparecendo na mente. Isto é um modo que pode ser interpretado. Mas o conselho é permanecer desapegado em estado de testemunha sem se tornar envolvido com os movimentos da mente.

Não simplesmente olhe estas atividades; ao invés disso, observe a reação interna a estas atividades. Isto é mais íntimo que simplesmente olhar o jogo da mente. Estas reações mostram o envolvimento pessoal que tem sido cultivado; aonde houver identificação e ‘ruído’. Quando eu digo ‘ruído’, quero dizer a turbulência interna – resistência e excitação – que perturba a paz. Tão logo estas tendências sejam reconhecidas, o próximo passo é perguntar, quem, o que, onde está este quem está identificado? Pode uma face ser colocada nisso? Existe uma entidade real e tangível residindo como ‘eu’? Descubra! Para responder a estas questões, a atenção precisa ser introvertida – fixa na fonte de toda a atividade incessante.”

(...)

“O estado natural da mente é ficar em silêncio, vazio, aberto. Não existe nenhuma intenção! Se você pensa que precisa praticar silêncio, encontrar silêncio, manter silêncio, então você tem mal entendido. Tudo isto, o Universo inteiro, está acontecendo em Silêncio!

Não é nada sobre sair correndo para achar algum silêncio. É reconhecer o Silêncio que não pode ser perturbado aonde você se encontrar, independente da circunstância, da altura do ruído.

(...)

Toda esta conversa é somente para revelar o seu próprio Silêncio. E não leva tempo! Quando você estiver na frente de um espelho, ele não diz: ‘Olhe, estou ocupado neste exato instante, por favor, retorne em meia hora’. Tão poderoso é o espelho da inquirição que imediatamente você é visto! E então você saberá o Indescritível, o Sem Forma diretamente. Talvez você não consiga se expressar sobre, mas seu sofrimento termina. Seus medos acabam. Você conquistou a morte deles mesmos!

Muitos de vocês estão tão próximos da descoberta, mas criam desculpas e fogem, com medo de queimarem o último apego do ‘eu’. A oportunidade é encará-la, senti-la e ver que você é o Intocável.”

(...)

“Condicionamentos ocorre na área onde o condicionamento pode ocorrer. Mas há um lugar onde o condicionamento não pode ocorrer: de cuja presença do condicionamento, o efeito do condicionamento, e o jogo do condicionamento é observado. Você é Aquele que Vê. Você é aquele que Testemunha passivamente. Você não é a parte ativa. O que você realmente é não está interessado em condicionamentos. De fato, finalmente, você sequer sabe qualquer coisa sobre condicionamento!”

(...)

“Sentir travado, parado, estagnado é simplesmente um pensamento em que se acredita nele.

Remova a crença e a estagnação desaparece.

Se um espaço for mantido na escuridão por milhares de anos,

Quando a janela se abrir –

Levará milhares de anos para a escuridão desaparecer?

Da mesma forma, em um instante, a Luz da Verdade expele a escuridão da ignorância.”

(...)

“Talvez você experimente um vislumbre, um tremor, mas isso não irá estabilizar, porque você mantém conceitos de quem você pensa que é e acredita ser na sua mente.

Meu sentimento é, retorne ao seu país livre. Seja o que você trouxer aqui com você, deixe. O fogo sagrado de Arunachala é um bom lugar para queimar tudo. Volte para casa vazio. Este será o melhor presente para sua nação, sua família, seus amigos. Leve seu passaporte, mas você, se mantém vazio.”

(...)

“Você está imaginando que tem estudado e

o que está dentro de sua cabeça é o que você sabe.

Mas é somente o que você pensa.

Apenas o que é confirmado dentro do seu Coração

É o real Conhecimento,

E o mais alto conhecimento e experiência é:

‘Eu Sou nada’.”

(...)

“Caminhe pela luz do seu Coração.

O fluxo de cada rio é único.

Eu estou além do rio e do fluxo.

Eu sou a Consciência Livre (Sem Fronteiras).”





(Agradeço ao meu amigo Márcio Alexandre por ter me enviado este precioso texto já traduzido)

Nota do Márcio: Traduzido do livro Breath of The Absolute, The Manifest And Unmanifest Are One. (perdão pelas incorreções)

quinta-feira, 8 de abril de 2010

O que Houve com Freud após sua Morte?




Por Dr. Fernando Salvino - Parapsicólogo Clínico



Este texto é uma ficção. Perguntei a minha esposa: que aconteceria com a Psicanálise se Freud tivesse uma única experiência fora do corpo? Ele é baseado nas evidências clínicas nas induções de Retrocognições (Terapia de Vidas Passadas) em pacientes, dentro de uma contexto da Parapsicologia Clínica e nas minhas investigações pessois dentro da paranormalidade.

O que aconteceu com Freud depois que ele morreu?

A Psicanálise, uma das maiores forças da Psicoterapia [se é que podemos chamá-la assim] no mundo, sendo a área da teoria e prática em psicoterapia que mais aprofunda as questões da sexualidade, aprofundando a interpretação dos sonhos a partir de um ponto de vista não abordado por outros campos como o Parapsicológico e afins, chegou no seu ponto de lacuna. Sigmund Freud, seu criador, afirmara, em outras palavras que se deperava com um campo em que nunca tivera uma única experiência que pudesse dar um rumo mais coerente nas investigações dos sonhos típicos, especialmente os sonhos de vôo, queda e outros, como os sonhos lúcidos, assim como as experiências fora do corpo [projeções conscientes]. Freud só irá compreender esta lacuna no momento em que recebe a injeção de morfina, que motivou sua eutanásia.

Freud passara uma vida de dedicação a Psicanálise, tendo completado sua tarefa de vida de forma magistral. Mudou o mundo e pode ser comparado a Copernico, Galileu e Newton, Einstein. Acontece que algo ocorre com Freud quando ele morre de câncer aos 83 anos de idade, por uma suposta overdose de morfina [autanásia], devido as fortes dores associadas ao câncer. Quando Freud recebe a dose de morfina algo ocorre com ele.

O médico chega com a dose e injeta em Freud. Seu corpo começa a amortecer completamente, num formigamento global. Sua consciência se altera de forma brusca. Seu corpo começa a estremecer. Uma energia toma conta de todo corpo numa forma de vibração potente que o arranca para fora do corpo. Sua consciência gira em espirais para cima de seu corpo, deitado na cama do hospital. Quando ele percebe sua condição, ele se percebe flutuando acima de seu corpo, dado como morto. Freud se surpreende quando vê a si mesmo, deitado na cama e ao mesmo tempo, se percebe flutuando, vivo acima do corpo.

Freud olha ao seu lado e vê seu amigo, Josef Breuer lhe dar as boas vindas. Breuer lhe falou:

- Freud, os Metapsiquistas tinham razão. A psiqué sobrevive a morte. Erramos. Eis agora nossa tarefa meu amigo.

- Breuer, agora compreendo o que nunca compreendi, pois me faltava a experiência. Apesar de ler em Carrignton, nada me convencia, pois a experiência me faltava. Agora estou convencido de que eu sobrevivo, e de que eu não sou aquele corpo. E se eu sobrevivo, será que poderei retornar a outro corpo, retornar a vida humana, para reparar meu grave erro?

Breuer responde:

- Sim Freud. O tempo aqui não existe como compreendemos. Aqui os estudos são doutro nível e alcançaremos outros patamares de compreensão da psiqué e da vida psíquica. Venha comigo e te levarei a outro lugar.

Neste instante, Freud se despede mentalmente de seus familiares todos envolvidos com seu funeral e segue aos cuidados de Breuer para onde estaria lhe encaminhando. Breuer levou Freud para um campo aberto cuja existência se dava no espaço, longe das imediações da crosta da terrestre. Freud aparentava mais novo, não sentia mais dores ou manifestava qualquer ligação com as antigas idéias que defendeu e com o Planeta. Freud estava experimentando a vida extrafísica e espiritual pura. As pessoas eram pacíficas, fraternas e amorosas, num nivel de serenidade quase absoluta, tendo recebido Freud de forma muito amiga e acolhedora. Breuer se separa de Freud, este permanecendo neste local para começar a frequentar sessões de análise de seu processo evolutivo.

Um espírito anônimo o recebe em alto nivel de intimidade. Apresenta-se como seu amparador evolutivo, a pessoa que estava sob a responsabilidade de orienta-lo na tarefa de levar a Psicanálise para a Terra. Afirmou que sua tarefa foi completada e que dentro de todas as limitações dadas pelo momento histórico, conseguiu realizar sua missão de vida. Apesar do êxito, alguns traços de sua personalidade o impediram de aprofundar sua tarefa e avançar. O amparador afirma que Freud teria acabado por criar uma nova religião, o que não era sua tarefa. Freud ficou um tempo relativamente grande com este espírito, compreendendo-se a fundo e a suas experiências de vidas passadas. Começou com isto, a planejar sua próxima vida. E o amparador disse a ele:

- Freud, apesar de tudo, terás de recomeçar novamente a partir de experiência do Édipo. Terás de diferenciar-se da mãe, do pai, para que possas se libertar da ação potente destas pessoas. O pai e a mãe serão pessoas que tem questões pendentes a superar. O que tornará o Édipo mais potente e teu desafio mais intenso. A tua tarefa de vida depende da resolução bem feita deste Édipo. Encontrarás tuas proprias idéias e defenderá com fervor. Mas terá de transcender e questiona-las, para reformular e expandir para os campos cósmicos da existência, dando valor aos pensamentos cosmoficantes. Poderás se envolver com Medicina, Psiquiatria ou mesmo Psicologia, Parapsicologia e áreas afins. As coisas evoluiram na Terra. Hoje terás muitas opções. Mas os desafios serão maiores. Muitos gênios estão lá, então serás mais um. Enfrentarás tua vaidade e narcisicmo num nivel agudo, e se superar isto, poderá contruibuir com a evolução noutro nivel.

Freud fica pensando a respeito e analisa as condições ofertadas pelo amparador. Realiza suas conclusões e começa a elaborar seu projeto, ambos juntos. Vai conhecer os pais. E começa a ver o país que irá renascer. Em dado momento, começa a densificar-se, tornando mais energético, magnético e se aproxima do pai e da mãe, que já pensam em engravidar.

Numa bela noite, os pais, voltando de uma festa, vão para o quarto e fazem amor. No momento exato do orgasmo do pai, um jato de espermatozóides invade o canal da mãe e atinge o óvulo que imediatamente é fecundado. No momento exato da fecundação, um campo biomagnético é gerado pela aproximação do corpo psíquico de Freud aos corpos físicos do pai e da mãe. Um cordão magnético se forma e se une ao processo da embriogênese, impulsionando a formação fetal e ao corpo do feto. Freud terá o nome de Chang Yang, e está na China. Seus pais, Lee Yang e Yu Yang. Provincia de Wu. Ano 1952, dia 4 de março. Renasce Freud. Seu pai, pertence ao Budismo. Sua mãe, era gueixa e foi capturada de Beijin pelo pai e levada para Wu.



Extraído de:
http://fernandosalvino.blogspot.com/