"Meditar é como mergulhar num cofre cheio. Cada vez que vai lá, consegue pegar algumas moedas. Se for todos os dias, pega mais e mais moedas." "Apenas faça, depois siga com sua vida e veja tudo melhorar."
"O lançamento do livro não é sua preocupação maior. O foco é o programa de educação baseada na consciência", diz Kleber Tani.
http://www.livrariacultura.com.br/scripts/cultura/eventos/resenha.asp?nevento=3357&tipoEvento=palestra&sid=8918901971083606869785225&k5=28858B99&uid=
Neste livro, uma mistura de autobiografia, história do cinema, ensaio espiritual e manual de meditação, o célebre diretor David Lynch conta como a prática da Meditação Transcendental mudou a sua vida, além de revelar como ela o ajuda a concentrar energias, estimulando sua criatividade e consciência. Um relato de experiências entremeado de histórias jamais reveladas sobre a produção de suas obras-primas cinematográficas. Em Águas Profundas é uma leitura imperdível, não só para fãs do cinema de David Lynch, mas também para todos que desejam melhorar a sua própria condição mental, através do desenvolvimento da criatividade e da capacidade de concentração.
http://www.travessa.com.br/EM_AGUAS_PROFUNDAS_CRIATIVIDADE_E_MEDITACAO/artigo/dce11297-2f66-4d8e-abcf-a35b5c368776
Mais sobre David Lynch e a meditação
(matéria publicada no IOL Portugal Diário em 17-11-2007)
O realizador norte-americano David Lynch esteve este sábado no European Film Festival, o último dia da mostra portuguesa, para dar uma Masterclass aberta ao público.
Mas Lynch não se deslocou ao nosso país apenas para falar de cinema, o tema principal da «aula» que deu no Centro de Congressos do Estoril e da breve conversa que teve antes com os jornalistas foi a meditação transcendental.
David Lynch, contou o próprio, anda na estrada há dois meses a falar de meditação transcendental, disciplina que abraçou há mais de 30 anos. Neste espaço de tempo, Portugal foi o 15º país e o Estoril a 26ª localidade que visitou e onde defendeu publicamente que a meditação transcendental pode trazer a paz ao mundo.
«A meditação ajuda a libertar, a ser feliz por dentro», disse o cineasta. «Procura o reino dos céus que tens dentro de ti e o resto virá por acréscimo», continuou. «Com a meditação as coisas negativas - a raiva, a depressão, a tristeza - desaparecem», garantiu o realizador durante a Masterclass.
Questionado sobre o impacto que esta disciplina teve na sua vida pessoal, em particular como artista, David Lynch comentou que antes de começar era uma pessoa afectada pela depressão e pela raiva.
«Com a meditação consegui ultrapassar emoções negativas como o medo e a ira, libertei a minha consciência e a criatividade começou a fluir», descreveu.
«O cinema não é só uma coisa intelectual, é muito emocional e tem também a ver com a intuição. É com a intuição que conseguimos saber se algo está certo ou errado. E se temos a mente limpa de negatividade, temos melhor acesso à intuição», disse.
Em 2005, o cineasta criou a David Lynch Foundation For Consciousness-Based Education and Peace (Fundação David Lynch para a Educação e Paz Baseadas na Consciencialização), que visa financiar pesquisas sobre os efeitos positivos da meditação transcendental.
«Tenho observado uma grande transformação nas escolas onde a meditação está a ser introduzida. Os níveis de violência baixaram e as crianças começam a aprender melhor e a desenvolver o seu potencial», referiu o realizador.
Recentemente Lynch encontrou-se com o presidente de Israel Shimon Peres a quem disse que colocar cerca de duas centenas de mestres em meditação em Israel seria o suficiente para acabar com o conflito no Médio Oriente.
«Podem dizer que sou louco, mas ao menos tentem e vejam o que pode acontecer. Em Portugal bastariam 350 professores para toda a população», disse na Masterclass.
O cinema de Lynch
Na «aula» e na conversa com os jornalistas era impossível fugir ao tema pelo qual ficou mais conhecido em todo o mundo, o cinema.
Mas como cria afinal David Lynch filmes que muitos (público e crítica) consideram «incompreensíveis»?
O realizador contou a história do seu último filme, «Inland Empire».
«Ia escrevendo e filmando. Certo dia tive uma ideia e escrevi-a. Era uma cena que nada tinha a ver com nada, peguei na câmara e fui para a rua filmá-la. Passados uns dias tive outra ideia, que nada tinha que ver com a primeira. Voltei a ir para a rua filmá-la. Mais tarde tive outra ideia, em nada relacionada com as duas primeiras. Voltei a fazer o mesmo», revelou.
«Depois comecei a criar cenas que estivessem relacionadas com as três primeiras. E aí já comecei a rodar o filme de maneira mais tradicional», acrescentou.
«As ideias surgem-me sempre fragmentadas, só mais tarde é que as reúno num só argumento», concluiu.
Quanto à maneira como lida com a incompreensão dos seus trabalhos, a resposta é simples: «cada um tira a sua própria conclusão dos meus filmes, e todas as conclusões são válidas».
Aos jovens cineastas deixou um conselho: «Sejam verdadeiros convosco próprios, mantenham-se fiéis às vossas ideias, não aceitem uma má ideia, mas nunca recusem uma boa», afirmou o realizador perante uma audiência de mais de 600 pessoas.
2 comentários:
Quem é JHolland? Ou seja, quem é você neste blog? Eu estou acompanhando. Achei procurando por Guy Debord e gostei das considerações/explicações.
Jholland, vc é prof da USP? Ou aluno?
Apreciei.
N.T.
Obrigado pela participação no Blog. Na verdade, "dr. em nada": estou apenas em processo de transmutação, como diz no título do Blog. Esse é o grande desafio dessa existência - e onde reside toda a beleza - não é mesmo ?
Volte a participar com idéias, sugestões, críticas.
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