Em outra mensagem, havia levantado a questão acerca do caráter simbólico da existência moderna e suas formas de contestação, também voltadas para a dimensão cultural.Gostaria de acrescentar novos elementos a essa indagação.
O situacionismo é uma resposta ao problema do fetichismo (Marx), reificação (Lukacs) e da alienação. Para outros autores não marxistas (Weber, por exemplo), esse problema também assume uma posição central, quando chamam a atenção para a racionalidade crescente – que subtrai o sentido da vida – para a especialização dos saberes e a crescente autonomia das esferas da ação social (por exemplo, da arte), que se movem por lógicas próprias. Em, Simmel, o mesmo fenômeno guarda implicações quase transcendentais, pois sua análise trata da oposição entre os “impulsos vitais” e as “formas” pelas quais esses impulsos se manifestam.
Pois bem, essa temática é também o cerne dos movimentos artísticos de vanguarda do início do século XX: o futurismo (1909), o dadaísmo (1916) e o surrealismo (1924). Para esses movimentos de vanguarda, trata-se de unir a arte à vida, buscando-se a superação da separação entre as “esferas” (numa linguagem weberiana), retomando e conferindo um sentido à própria vida e suas manifestações (cultura). De uma certa forma, a proposição é negar a própria arte – como até então esta era concebida – fazendo com que “vida” (cotidiana) e “arte” sejam uma só: é a superação da existência alienada e da reificação. Esse é o cenário em que o impulso situacionista ocorre. No pós-II Guerra Mundial, as vanguardas (ou melhor suas manifestações, os signos por estas elaborados ou, numa linguagem “à la Simmel”, suas “formas”) são apropriadas ou integradas pelo sistema ideológico. Os situacionistas iniciam suas reflexões nesse momento, ao recusar essa integração: buscam a retomada do projeto vanguardista, porém em um outro registro. A reflexão estética irá assumir contornos cada vez mais políticos...
Pois bem, essa temática é também o cerne dos movimentos artísticos de vanguarda do início do século XX: o futurismo (1909), o dadaísmo (1916) e o surrealismo (1924). Para esses movimentos de vanguarda, trata-se de unir a arte à vida, buscando-se a superação da separação entre as “esferas” (numa linguagem weberiana), retomando e conferindo um sentido à própria vida e suas manifestações (cultura). De uma certa forma, a proposição é negar a própria arte – como até então esta era concebida – fazendo com que “vida” (cotidiana) e “arte” sejam uma só: é a superação da existência alienada e da reificação. Esse é o cenário em que o impulso situacionista ocorre. No pós-II Guerra Mundial, as vanguardas (ou melhor suas manifestações, os signos por estas elaborados ou, numa linguagem “à la Simmel”, suas “formas”) são apropriadas ou integradas pelo sistema ideológico. Os situacionistas iniciam suas reflexões nesse momento, ao recusar essa integração: buscam a retomada do projeto vanguardista, porém em um outro registro. A reflexão estética irá assumir contornos cada vez mais políticos...
Debord:
"A arte será assim ultrapassada, conservada e superada numa atividade mais complexa.(...)Seus elementos poderão se reencontrar aí parcialmente, mas transformados, integrados e modificados pela totalidade." (IS, n.4)
Um comentário:
Olé!!!
Salut!
Daka
www.dakaana.blogspot.br
www.infinito.art.br
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